quinta-feira, 7 de julho de 2011

Quando Marquez descreveu a Déa...=p





       Não sinto nada mais ou menos, ou eu gosto ou não gosto. Não sei sentir em doses homeopáticas. Preciso e gosto de intensidade, mesmo que ela seja ilusória e se não for assim, prefiro que não seja. 
       Não me apetece viver histórias medíocres, paixões não correspondidas e pessoas água com açúcar. Não sei brincar e ser café com leite. Só quero na minha vida gente que transpire adrenalina de alguma forma, que tenha coragem suficiente pra me dizer o que sente antes, durante e depois ou que invente boas estórias caso não possa vivê-las.
      Porque eu acho sempre muitas coisas – porque tenho uma mente fértil e delirante – e porque posso achar errado – e ter que me desculpar – e detesto pedir desculpas, embora o faça sem dificuldade se me provarem que eu estraguei tudo achando o que não devia.
       Quero grandes histórias e estórias; quero o amor e o ódio; quero o mais, o demais ou o nada. Não me importa o que é de verdade ou o que é mentira, mas tem que me convencer, extrair o máximo do meu prazer e me fazer crer que é para sempre quando eu digo convicto que nada é para sempre.


Do meu amado Gabriel Garcia Marquez

segunda-feira, 30 de maio de 2011

Quem sou eu?



Andréa para os que me conhecem de longe..
para o RG, para as coisas sérias, documentações e e registros.
Sou a Déa dos amigos, dos alunos, dos colegas, do mundo virtual.
Sou polaca pra família, polaca dos primos que cresceram comigo, a polaca de olhos azuis que se transformaram em esmeraldas azul- esverdeadas e cabelos mel com mechas loiríssimas completamente fora de lugar e padrão..
polaca de meia pataca, onde cabelos e olhos se mesclaram no azul do céu e verde do mar e no amarelo do trigo e do castanho dos galhos.
Sou a Déa bosta véia do meu tio que agora está com Deus.
Sou a menina do:- “Vôôô!!!”  - “pode ir, tchau” , a menina do seu Ozires, do vô-pai, do amor calado, do maior amor do mundo que reside entre nós ainda em sonhos.Ele de lá do céu cuidando da menina que não sabia falar estacionamento aqui da Terra.
E agora ele merece um bom tanto do que eu sou, talvez fuja um pouco do tema, mesmo sem fugir, pois ele é parte de mim, do meu ser.
Eu sou a Déa do vô, que lia histórias do Chico Bento pra mim, que me ensinou a ler encantando-me com as peripécias do caipirinha e que sorrindo espantou-se de ver a neta aprender a ler sozinha uma noite na sua casa de praia juntando as sílabas dos balõezinhos coloridos acima dos personagens da roça.
Sou a Déa do Chiru, como ele era apelidado, que o fez decorar as falas dos desenhos que assistia enquanto ele trabalhava na sua marcenaria.
Sou a Déa bibliotecária que brincava de gente grande com os livros incontáveis que ele sempre organizava e talvez daí venha a Déa dos livros, mas isso é mais pra frente.
Sou a neta que era filha, a Déa que sente saudades, a Déa que sonha com ele sempre quando algo acontece, ou de muita felicidade, ou de muita tristeza, a Déa que lembra dos olhos dele, das trovas que ensinava, A Déa que dizia “Gorigobodi a missa” ( do Garibaldo foi a missa, com cavalo sem espora, o cavalo tropeçou, Garibaldo pulou fora)
É, essa sou eu, a Déa atrapalhada desde pequena, criativa, sonhadora e inventora de palavras novas...
a Déa do “namento” quando o vô insistia em querer que eu falasse estacionamento.
Sou a Déa que contava a ele histórias da África enquanto ele dormia despedindo-se da vida e que com certeza mesmo naquele sono induzido seu batimento e pressão elevados diziam –me que ele estava se refestelando com a viagem da neta...
pois eu sou viagem e ele também era.
Eu sou a Déa do vô Ozires, não tem como negar, muito de mim é dele.
E até hoje, eu sou a Déa que procura força naquele olhar que vem em sonhos, olhar de pai, terno, e as vezes triste e preocupado mas que nunca me abandona.
Eu sou Andréa, nome sugerido por um sonho da minha mãe que acordou um dia falando “Andréa, sai daí senão você cai” e daí saiu meu nome e minha herança linda do que eu mais admiro nessa mulher que me deu a vida: a fortaleza de coração, a fragilidade do mesmo, o amor pela escrita, o dom da palavra, ser beatlemaníaca.
Eu também sou a Déa da mãe.  
Eu sou anos 80, 70, 60, 50, 30, 20, sou de séculos passados, não sou século XXI.
Sou Beatles, Sou John Lennon e sua música Imagine.
Sou Dire Straits e A-há, graças ao tio-padrinho-pai que me fazia dançar com os pés no berço ao som dos altos anos 80.
Eu sou a Déa sem pai de esperma, sou a Déa de pai de amor, melhor, pais de amor, de dois pais que me supriram toda a falta do espermatozóide.
Sou a Déa de dois pais, de muito amor, mas sou a Déa da rejeição, do temor pela tal rejeição.
Eu sou medo, medo de abandono, de solidão, de rejeição embora seja a mais fiel crença no amor mágico,ideal, fiel, leal, eterno. Sou contraditória, muito contraditória nisso.
Sou medo de nunca encontrar esse amor que tão fielmente creio.... engraçado, no mínimo.
Sou sonho, imaginação, sonho, sonho, sonho, sonho, sou um mar de sonhos, talvez eu até seja um próprio sonho.
Não sou realidade. Detesto realidade de pés no chão.
Não sou “ O mundo é assim, o país é assim, os homens são assim e ponto”
Eu sou “ O mundo pode ser, o país pode ser, os homens podem ser”.
Sou conto de fadas, sou cor de rosa, sou esperança, sou crença, não sou ceticismo nem praticidade, sou sonho e sonho e mais uma vez sonho.
Sou um mundo melhor, sou pessoas mais humanas, sou carinho, sou mimo, não sou desse mundo com certeza.
Sou filha amada de Deus, seguidora fiel de Jesus, não sou religião, sou fé.
Sou teoria, não prática.
Sou letras, palavras, textos, poesia, muita poesia, sou alma de poeta, e como toda poesia também sou melancolia.
Nada de números e coisas exatas, sou calculadora não cálculo, não me acerto com a exatidão matemática, mas sim com a subjetividade dos sentidos, das emoções.
Sou escritora, escrevo quando o coração não agüenta mais segurar lá dentro algo que pulsa em tornar-se palavras, sou pulsação...
sou sangue correndo nas veias, sou pelos eriçados na pele, sou carne viva, livro aberto, previsível, mas não por isso constante.
Sou leitora, sou livros, sou páginas repletas de letras que formam palavras que se costuram em texto que se entremeiam, que se tornam história e estória, que se tornam vida, magia, sentimento, sonho.
Talvez por isso seja tão confusa.
Sim, sou confusão, instabilidade, vulnerabilidade, mas sempre a mesma confusão, a mesma instabilidade, a mesma vulnerabilidade.
Sou livros, sou amor por livros, sou literatura. Já disse que sou livros? Sou e muito, sou livros complexos, livros filosóficos, psicológicos, e Best Sellers fáceis de ler.
Sou complexa em sentimentos mas facilmente lida. Quem me conhece sabe tudo, me tem nas mãos, não sou jogo, nem segredo, sou alma aberta, sou desejo.
Sou Gabriel Garcia Marquez, contadora de histórias, imaginativa, criativa, cheia de borbulhantes estórias inventadas por mim mesma tendo a mim como personagem vivendo as mais incríveis situações.
Sou Alice no país das maravilhas, ahhh como sou Alice, uma menina descobrindo o mundo, um mundo de loucos, uma curiosa que se descobre também louca na sua vasta imaginação.
Sou Manuel Bandeira e seu poema novelo de lã.
Sou Machado de Assis, sou conversa, falo demais, e alto e rio alto, converso com meu leitor.
Sou Machado, sou romântica, melhor, sou romântica elevada a potência do número de obras que Machado escreveu em sua vida.
Sou Jane Austen, sou suas personagens sempre com final feliz, sou ela que escreve sempre crendo no amor, sou uma romântica incurável como são suas obras.
Sou George Orwell, indignada, revolucionária, militante, sou a que quer mudar o mundo sozinha, a que expressa uma indignação contra a sociedade atual que chega a doer no peito de tão forte.
Eu sou dor, sou as dores do mundo, e dói doer o mundo, sangra, machuca, cria lágrimas, cria feridas.
Sou chorona, sou emoção, jamais razão.
Sou medrosa, sou calma, não aventura, não sou correr grandes riscos.
Sou bolha de sabão, translúcida, quem me vê me atravessa, me vê por dentro, sou colorida, mas intensamente rosa.
Sou sonho, rosa, antiquada, não sou desse século, já falei isso? É sempre bom repetir aquilo que mais pulsa lá dentro.
Sou antiquada, careta, cdf, aluna exemplar.
Não sou bar, sou café, não sou balada, sou filme embaixo das cobertas.
De bebida, sou sucos naturais, água em abundância, Milk-shakes, chocolate quente e café, muito café com creme, não sou cerveja, nem destilado, sou drinks doces e vinho em ocasiões especiais.
Não sou cigarro, sou ar puro.
Não sou pegação, sou amor.
Não sou boca e língua, sou beijo.
Não sou vagina e pênis, sou amor com muita paixão.
Sou natureza, cidade pequena, calma, tranqüilidade, paz.
Não sou grandes metrópoles, à exceção de Paris, pois definitivamente sou Paris.
Sou cidades aconchegantes com muito verde.
Sou França, Grécia, Rússia, e sou África, mãe África.
Sou mais bicho que planta, mais flor que verde, mais verdura que fruta.
Sou margarida mais que rosa.
Sou bicho, bicho e bicho e bicho, sou cheiro de esterco na grama, sou vaca leiteira, sou relinchar de cavalo, sou a mão escorregando na crina e apertando os lábios do eqüino encantador.
Sou cachorro mais que gato, mas gosto de gato.
Gosto de bicho.
Sou animal, sou elefoa com orelhas grandes aveludadas, sou filhotes, sou girafa tentando equilibrar-se para beber água, sou peixe que brinca na água, sou pássaro em cima de um ruminante.
Não sou vôo, sou nado.
Não sou terra, nem fogo, sou ar e água.
Sou verão, calor, sol, vida, sou disparada uma estação definida, fixa, forte, quente.
Sou água de coco na beira da praia, sou lagarto tomando sol.
Sou Clarissa, a menina de Érico Veríssimo...
Sou Clarice, a Lispector da complexidade humana...
Sou a melhor amiga do principezinho, sou completamente Saint-Exupéry!
Sou princesa, princesinha, já sou chamada por alguns amigos de princesinha, pois sou delicadeza, renda, pérola, saia e vestido rodado, costumes antigos, roupas cheirosas, perfumes doces,e rosa, muito cor de rosa e flores nas roupas.
Sou simplicidade, não soberba, sou humildade e nunca orgulho, e não pense que me orgulho disso, um pouco do tal orgulho não faz mal a ninguém.
Sou sim, não consigo ser não, nem quando devo.
Sou insegura, ciumenta, possessiva, não com a matéria, mas com pessoas, e cá está novamente o medo da rejeição e do abandono.
Sou perfeccionista, sou dormir muito, sou preguiça, ao mesmo tempo sou mil coisas pra fazer.
Sou responsável demais, não gosto disso.
Sou carrasca de mim, não sou muito minha amiga.
Sou bonita, não linda, sou esbelta, não curvilínea. Sou cabelo liso, queria ser cacheado.
Sou vulnerável à opinião dos outros, não sei dizer não.
Sou mais doce que salgado, embora coma mais salgado que doce.
Sou mel, sou calda de chocolate, sou sorvete de creme batido com leite, sou bezerra, tomo muito leite, e se tirado na hora, melhor então.
Sou mais peixe que carne, sou mais massa que arroz.
Sou mais chocolate preto que branco, mais amargo que ao leite.
Sou Jack Nicholson com certeza absoluta, também sou Toni Ramos, Dustin Hoffman, Al Pacino, De Niro.
Ah sou disparada Audrey Hepburn, Audrey Hepburn e mais mil vezes Audrey Hepburn.
Sou uns 10% Elizabeth Taylor.
Sou filmes dos anos 80, filmes da Molly Ringwald, filmes clássicos, épicos, nem listo nomes senão isto vai se tornar um guia de filmes antigos.
Sou Cleópatra, sou Bonequinha de Luxo mas muito mais que tudo sou Sabrina ( a versão de Audrey, é claro)
Sou fotografia, arte, cinema, literatura, música.
Não sou rock, nem modinhas, muito menos pagode e sertanejo.
Definitivamente não sou heavy metal nem funk.
Sou família, sou cama e mesa, sou enxoval, sou vestido de noiva com flores pequenas bordadas a mão, sou casamento, sou gravidez, sou barriga crescendo, sou criar filhos.
Sou desenho, comédia, romance, clássicos.
Não sou terror, ação nem violência.
Sou choro, rosa, sonho, século passado, hipersensível, Beatles, Audrey, Machado, calma, família, amor,bicho,renda, doce.
Sou Déa

O príncipe encantado





Esse tema foi para mim algo interessantíssimo, pois cresci como uma garota sonhadora cujo maior desejo do mundo sempre foi encontrar o homem da sua vida, ter filhos e cuidar da família. Nunca tive grandes ambições profissionais e isso não significa que sou estagnada não. Quando falo em grande ambição profissional digo em termos de me imaginar no futuro uma grande empresária que trabalhará das 8:00 as 22:00 ganhando um salário excelente, tendo reconhecimento pelo meu sucesso, usando roupas de grife e viajando pelo mundo a negócios. Realmente, esse não é meu ideal de felicidade, longe disso.
Meu ideal de felicidade, já que estamos falando de ideais (homem ideal – o príncipe encantado, no caso) é encontrar um bom homem que me faça feliz, ter uma casinha confortável, cuidar das minhas crianças,ler para elas antes de dormir, levá-las na escola, preparar uma comida gostosa e sair trabalhar em algo que me traga satisfação pessoal e felicidade. Chegar à noite em casa e mesmo em meio a bagunça das crianças, o cansaço meu e de meu marido, deitar na cama e agradecer a Deus por ser feliz e estar fazendo diferença na vida dos que me cercam, enchendo eles de amor.
Sim, sou antiquada. Nesse ponto sou bem antiquada e até certo ponto, dependendo do ângulo pelo qual se olha meu sonho ideal, sou até anti-feminista. Nada disso, sou feminista sim, mas uma militante ciente do que quer para si e das diferenças entre homens e mulheres, as reais diferenças, não as vulgarizadas como desculpas para falhas.
Para mim não existe príncipe encantado mesmo. Doeu descobrir isso lá pelos meus 20 e poucos anos e agora cada vez tenho mais certeza que esse ser não existe além das páginas dos contos de fada e dos romances de Jane Austen. Aliás, Jane Austen desenha em seus romances príncipes encantados que não são príncipes e sim homens ideais que qualquer mulher sonharia em ter ao lado, mas sinto dizer,eles também não existem.
Foi um momento de decepção mesmo na minha vida descobrir que o ideal não existe, pois eu sou, na definição de alguns vários amigos e amigas que me conhecem desde a infância, uma princesinha. Amo cor de rosa, maquiagem, vestidos florais, bichos de pelúcia, cartas, recito poesias, falo poesias sozinha pra mim mesma, amo escrever e choro ao ver filmes tanto de romances felizes como aqueles que falham ao extremo. Sou completamente hipersensível e chorona e meio frágil como boneca de porcelana derramando lágrimas pelo mínimo conflito, mas sou forte como uma aliá (perdão, mas um touro não expressaria todo meu amor a família dos elefantes)
Bem, depois de ter descoberto a realidade de que nenhum personagem da Jane Austen ou príncipe dos contos bateria na minha porta e me levaria diante de Deus para abençoar nosso casório, resolvi encarar a vida com uma dose mais alta de realidade. Principalmente hoje, onde os homens,infelizmente por culpa até de algumas mulheres que confundiram nossa liberdade com libertinagem total, não respeitam nem consideram muito sentimentos e lágrimas de uma mulher.
Leitora assídua de romances épicos e filmes antigos,vejo a diferença no tratamento com as mulheres de 1940 pra cá. Coisas simples como proteger da chuva, abrir a porta do carro, tratar com respeito, sem dirigir-se à ela como cara, mano, velho e afins, a delicadeza nos gestos, viraram todos motivos de riso, hoje em dia isso não é coisa de macho. Macho é aquele que trata a pontapé e se você não gostar, azar, arranja outra.
Pois é, com toda essa água fria em cima da princesinha sonhadora ela tornou-se uma mulher realista que tem um conceito de príncipe encantado propriamente dela, propriamente meu e que para mim nada tem de machista e sim muito feminista equilibrada,que sabe até que ponto as diferenças homem – mulher se completam e não invadem o espaço e/ou direito um do outro.
Meu príncipe encantado é um homem forte de caráter, com uma fé inabalável em Deus, que trabalha feliz sabendo de sua missão no mundo, respeitador, que sabe ser gentil sem se achar fraco, que sabe amar sem se achar tolo, que sabe se guardar sem se achar idiota perante os amigos, que sabe controlar seus impulsos em prol da mulher amada, que sabe amá-la e ouví-la, que sustenta a casa e a família com a dignidade de um homem que sabe sua importância na construção da fundação da família, um homem que sabe conversar e discutir sem gritar, bater porta, xingar, falar ofensas a mulher que ama. Um homem que honra sua esposa, é fiel à ela, pois sabe a importância que ela tem, que ama seus filhos e brinca com eles, que tem momentos de família reunida e realmente gosta deles, que quer ter momentos com a esposa para namorar, que nunca esquece de conquistar dia após dia. Um homem que sabe que ser homem é cuidar, é prover,pois assim ele terá a fidelidade de uma mulher que o admirará, que cuidará de tudo pra ele na casa, que o receberá com um sorriso no rosto quando chegar do trabalho, que irá ouvi-lo nas dificuldades, que dará a força que só a mulher sabe dar ao homem quando ele perece, que sustentará a fé dele e lhe dará filhos e cuidará dos pequenos para que ele tenha orgulho de sua prole. Um homem assim terá ao lado dele uma mulher que o respeitará e o tratará como um príncipe encantado e ele terá nela uma princesa. Sem joguinhos, simplesmente serão pelo Amor. Meu felizes para sempre não é um conto de fadas, é um conto de homem e mulher e uma vida em comum.

segunda-feira, 1 de novembro de 2010

Thank you Father

It's always time to thank, and my first post in English in this blog has to be dedicated to The One that knows all, that has all, my Heavenly Father so much loved and adored.
He was there from the moment I was a tiny seed, and He had a plan for me, He loved me since then, with the purest Love there is.
He is my strenght, my courage, my rest, my peace. Father, Today and all days I want to thank You and praise You for all the blessings you have given me, I feel You care for me with such dedication that I don't even know how to thank and praise You properly.
Thanks for my house, my family, my blankets that warm me at night, for the amazing doctors you put in front of me in this hard period of my life. And thank you for this anxiety, the panic crisis and exhaustion for I know You allowed that to show me a great lesson that was thought trough years in softer ways however, I haven't learned. I needed that, and You are so wonderful that you have given me this condition when I am surrounded by people that love me so truly and support all my difficulties. Thanks for my loving family that showed me in this moment what I have always lacked from them. I know I came to this path of knowing our great Saviour better and better through Your hands and everything was prepared for me to find in Jesus my true reason. I want to follow your plan for me Lord, and I know You will cure me when You find out I've truly learned the lesson I had to.
So, all of all, Thank You my dearly and loved Father.

domingo, 31 de outubro de 2010

O que é ser mulher

Numa das minhas aulas do curso de letras estavámos trabalhando um exercício de escrita de uma colega que apresentava sua aula de protuguês pro ensino médio. O tema era mulher e tínhamos cada um de escrever um gênero textual sobre o tem. O meu, coincidentemente ou não, caiu poesia. Amo poesia, é aquela coisa inexplicável que o coração diz e a mão só obedece.

Tema mulher: dificil, olhei pra dentro de mim, o que é ser mulher pra mim, como sou mulher e como vejo as grandes mulheres que admiro e é isto:

"Olhos ternos, olhar arisco
Ser de tez macia e alma selvagem
Por vezes a voz doce entoa em grito
O que fere e afronta a sensibilidade
Tão inconstante, tão confuso, tão arredio
Esse ser que em enigma aspira liberdade
Se com dificuldade, os homens em arrepio
Recuam em entender misteriosa personalidade
Ela, mulher, coração correndo em rio
É apenas amor em sua totalidade."

Déa

Renascimento do blog

Pois bem, resolvi repaginar meu blog, troquei o título, troquei o visual, fiz ele renascer..
Claro que essa escolha não veio assim do nada, veio de um período de renascimento meu mesmo, esse ano foram tantas mudanças, perdas e ganhos que o palco que eu estava preparando para o espetáculo de 2010 no post abaixo passou por incríveis transformações de cenas e figurinos. Com atos de perdas, outros de ganhos, de tédio, de felicidade extrema, de amor apaixonado, de novos amigos, de dor, de tristeza e solidão. Tudo acontecendo em uma velocidade que esse ano realmente passou como se numa peça de 2 horas de duração.


É claro que o que eu ganhei com isso não foi nada bonito...
A minha sempre tão insistente mania de querer dar conta de tudo e achar que sou uma super heroína me levou ao lugar da boneca de louça que de repente quebrou. Agora estou em casa, dormindo horrores tentando recuperar o tempo em que me abandonei cuidando de tudo lá fora. A super girl que não podia perder um segundo sequer tentando " salvar o mundo", porque sim, acho que isso as vezes passava no meu inconsciente, numa pressa infinda agora é uma boneca que está sendo restaurada pedacinho a pedacinho. E isso leva tempo e paciência. Ta aí vocábulo dificil de ser praticado, paciência de cuidar de mim. Eu irei conseguir, isso tá sendo tão importante pra que eu me redescubra, pra que eu veja que a Andréa não quer mais ser heroína e sim a princesa mulher que se ama e cuida de si e vive um dia de cada vez da forma que só ela sabe viver: vendo o mundo todo cor de rosa!!

quinta-feira, 28 de janeiro de 2010

E o espetáculo começa novamente...

As cortinas do último ato já se fecharam e a peça encerrou sua exibição de vez. O teatro está fechado, passando por reformas internas, limpeza, decoração nova... As criaturinhas que personificam a alma trabalham na reconstrução do teatro incansavelmente, nada é comprado aqui e sim feito a mão, construído, talhado, costurado, desenhado. A cada fim de espetáculo tudo é destruído para que o novo surja de forma limpa, sem influências das peças anteriores...afinal, mesmo que o autor das estórias aqui representadas seja sempre o mesmo, não se admite plágio e mais palpavelmente, de jeito nenhum admite-se a mesmice, pois ela é a erva daninha de qualquer produção artística. Nesse momento o palco já está montado, as cortinas escolhidas e a platéia e os camarotes forrados com veludo de cheiro novinho... Os camarins estão equipados e as essências que inundam todo o lugar são de lavanda fresca, pois a peça agora é marcada pelo nascimento, pelo inovador, por algo que sempre esteve escondido dentro do autor mas não conseguiu sair até então... O cenário ainda está incompleto, a história também, as personagens surgem de pouco em pouco e o dramaturgo espera outro sucesso de bilheteria.. O meu teatro está quase pronto, e a inércia da atriz principal revela o ardor com que ela se mostra de corpo e alma durante todos os atos por anos a fio... É ela que vive intensamente o que seu dramaturgo escreve e por enquanto, nesse entremeio de tempo em que todos trabalham para dar a ela o palco que merece, ela só observa, descansa, parada, enquanto se prepara para o grande espetáculo.. Ela observa e sorri. Por Déa em Jan/2010

sexta-feira, 22 de janeiro de 2010

Carta a minha futura neta!

Oiiii minha Linda!! Espero que esteja tudo bem com vc...a vó resolveu escrever esta cartinha pra ti acaso não possamos estar juntas quando vc chegar numa idade onde ja conseguirá ter uma compreensão desse mundo em que a gente vive!! Bom...o mundo da vovó e bem cor de rosa, com algumas nuvens cinzas e carregadas que passam de vez em quando e acabam por fim deixando-o ainda mais cor de rosa..=) Acredite sempre na bondade e no amor das pessoas, o mundo pode muitas vezes parecer cruel mas todos tem um coração que só precisa ser acalentado pra mostrar seu lado mais fraterno. A vovó vive uma vida maluca, trabalha de manha, estuda a tarde e trabalha a noite, até nos sábados passo o dia trabalhando...e eu descobri que se vc faz o que gosta isso não mata nem enlouquece( talvez enlouqueça um pouco e se nós tivermos tempo juntas vc vai saber) mas não siga mto meu exemplo, tire mais tempo pra cuidar de si, Hoje em dia se passa horas em frente ao computador e eu realmente espero que na sua época as coisas tenham regredido um bocado e a tecnologia não mais faça tão parte da sua vida..ela é ótima mas se usada em demasia, pode acabar afastando as pessoas do contato real e abraços virtuais não são nada comparados a abraços reais.. Prefira sair com seus amigos a ficar acomodada em casa conversando pelo computador, os 300 que vc terá na sua lista de contatos não substituem os três verdadeiros amigos que te farão rir, darão conselhos e toparão ir com voce aonde for. Escute as músicas da sua época e assista os filmes de estréia, use as roupas da moda e use as gírias do momento, mas nunca olhe pra trás com deboche do que um dia passou, pq a cultura passada te conta coisas interessantíssimas e ensina mto mais que as aulas de historia. Aproveite a sua época mas seja sempre voce, seguir os outros pra ser aceito so traz frustração e perdas, vc e a linda da vó e deve ter orgulho de quem é sempre e todos os dias. Estude inglês...além de essencial vc honra a sua vovó..hahaha Viaje muito, não desperdice oportunidades e trabalhe,comece cedo, como ja dizia sua bisa o trabalho edifica a alma. Descubra algo que gosta, que realmente te toque e corra atras pra viver disso, ser feliz todos os dias é fundamental.=) Pratique exercicios e dance muito, jogue as tristezas que vierem, pq elas irão chegar, na música, cante e dance, qdo chover lagrimas, a musica,a arte em qualquer forma e o melhor guarda chuva. Tenha bichinhos de estimação, eles adoçam os dias com seus olhares ingenuos e amor incondicional, tenha cães, gatos e se teus pais tiverem uma fazenda, dê nomes aos cavalos e outros animais que por lá estiverem, os trate com carinho e sempre os defenda de quem pensar que eles não tem sentimentos. Só não tenha passarinhos...eles vieram ao mundo pra serem livres e poder voar por ai!! Viva cada segundo intensamente, voe pra onde tiver que voar, com prudencia e cuidado v pode aproveitar as melhores csas da vida!! Espero poder te dizer td isso pessoalmente e contar historias engraçadas, te ensinar ingles e escutar música velha, brincar juntas de boneca e correr na grama ate faltar o ar se deixando cair quando não aguentar mais, dar de comer aos bichos no campo no sitio do teu tio avô e ler gibis como teu tataravo lia comigo!! São coisas pequenas que quando a gente cresce são de uma importância absurda. Te Amo demais florzinha... Tua vovó Déa!! Por Déa em Junho/2009